A ação aconteceu após uma série de cobranças públicas feitas pela entidade e pela defensora, pedindo que o parlamentar colocasse em votação o Projeto de Lei que propõe a anistia para os condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
A ASFAV, formada por parentes e apoiadores de pessoas presas e condenadas após os ataques às sedes dos Três Poderes, tem pressionado intensamente o Congresso para aprovar a proposta de anistia. Nas últimas semanas, a associação intensificou a mobilização nas redes sociais, direcionando seus apelos diretamente a Hugo Motta, que, como presidente da Câmara, tem o poder de decidir quais projetos entram na pauta de votação.
Diante da pressão crescente, Motta optou por bloquear tanto a conta oficial da associação quanto o perfil da advogada, encerrando a possibilidade de novas interações públicas entre ele e o grupo nas plataformas digitais. A medida causou forte reação entre os membros da ASFAV, que classificaram o gesto como uma tentativa de silenciar suas reivindicações e minimizar o alcance do movimento.
A decisão de bloquear os perfis ocorre em um momento de alta tensão no ambiente político em torno da questão da anistia. De um lado, familiares e apoiadores dos presos alegam que houve exageros nas condenações e defendem que as penas aplicadas foram desproporcionais. De outro, setores do Congresso e da sociedade civil rechaçam a ideia de anistiar os envolvidos, considerando que isso enfraqueceria o combate a atos antidemocráticos.
A pressão para que o projeto seja votado vem principalmente de parlamentares da oposição, muitos ligados ao Partido Liberal (PL), sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles veem na aprovação da anistia uma forma de reforçar sua base eleitoral e atender às demandas de uma parte significativa de seus apoiadores. No entanto, Hugo Motta tem se mostrado reticente em levar o texto adiante, citando a necessidade de maior consenso político para evitar desgaste institucional.
Internamente, a atitude de Motta de bloquear os perfis também é interpretada como um recado para tentar conter pressões públicas sobre decisões que são, tradicionalmente, de competência da presidência da Câmara. Em seus bastidores, aliados argumentam que o parlamentar quer evitar que o processo legislativo se transforme em uma arena de embates nas redes sociais.
Enquanto isso, a ASFAV promete continuar a mobilização, buscando apoio em outras frentes e organizando atos para sensibilizar a opinião pública e os congressistas. A disputa em torno do Projeto de Lei da Anistia, portanto, continua aberta, refletindo o clima de divisão que ainda marca o cenário político brasileiro após os eventos de janeiro de 2023.
VEJA TAMBÉM:
recommended by
Verisure
Oferta limitada: Câmera Wi-Fi e sem fio com desconto de até 40%
Saiba Mais
Garanta acesso ao nosso conteúdo clicando aqui, para entrar no grupo do WhatsApp onde você receberá todas as nossas matérias, notícias e artigos em primeira mão (apenas ADMs enviam mensagens).
Clique aqui para ter acesso ao livro escrito por juristas, economistas, jornalistas e profissionais da saúde conservadores que denuncia absurdos vividos no Brasil e no mundo, como tiranias, campanhas anticientíficas, atos de corrupção, ilegalidades por notáveis autoridades, fraudes e muito mais.
JNFBRASIL
Mín. 15° Máx. 25°