Um homem-bomba invadiu a Igreja Ortodoxa Grega Mar Elias durante uma missa, disparando contra os fiéis antes de detonar um colete explosivo. O ataque resultou em pelo menos 13 mortes e 53 feridos, incluindo crianças, segundo o Ministério da Saúde da Síria. Este é o primeiro atentado suicida na capital desde a queda do regime de Bashar al-Assad, em dezembro de 2024.
O atentado ocorreu durante a celebração dominical, momento em que dezenas de fiéis estavam reunidos na igreja. Testemunhas descreveram cenas de horror e pânico. “Ele estava atirando na igreja… então entrou e se explodiu”, relatou Rawad, uma testemunha ocular. As imagens que circularam nas redes sociais mostram o interior do templo devastado e equipes de resgate trabalhando rapidamente para atender os feridos.
De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, o número de feridos pode ser ainda maior, com algumas fontes apontando até 20 vítimas fatais. A presença de crianças entre os atingidos intensifica a tragédia e reacende preocupações sobre a violência sectária no país. O impacto emocional desse ataque é profundo para uma comunidade já fragilizada por anos de conflito.
Este atentado ocorre em um momento crítico para a Síria, sob a liderança transitória de Ahmad al-Sharaa. O novo governo enfrenta desafios significativos para consolidar seu controle após a deposição de Assad. O ato foi condenado pelo governo sírio como “covarde”, e o ministro da Informação, Hamza Mostafa, reafirmou o compromisso do governo em proteger a sociedade contra ataques que ameacem sua segurança.
A comunidade internacional reagiu com indignação ao atentado. O Ministério das Relações Exteriores da Grécia emitiu uma nota condenando o “abominável atentado terrorista” e exigiu que as autoridades sírias assegurassem a proteção das comunidades cristãs e outros grupos religiosos no país. A comunidade cristã síria, uma minoria significativa, está em alerta e teme novos ataques diante da instabilidade política crescente.
Este atentado expõe a fragilidade da segurança na Síria e levanta preocupações sobre a reativação de células extremistas como as do Estado Islâmico em meio aos escombros deixados pela guerra civil. As autoridades isolaram a área do ataque e iniciaram investigações para identificar cúmplices, enquanto a população local lamenta suas perdas e tenta entender a brutalidade que interrompeu um momento de paz tão esperado.
JNFBRASIL
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