COMO AGIA ADOLESCENTE DE 17 ANOS QUE INVADIA CONDOMÍNIOS DE LUXO E FURTOU R$ 30 MILHÕES 

Um adolescente de 17 anos foi apreendido neste mês após invadir e furtar ao menos 40 condomínios de luxo em seis Estados brasileiros. O prejuízo passa de R$ 30 milhões, segundo reportagem do Fantástico, da TV Globo, exibida no domingo, 29.

Para conseguir entrar nos condomínios, o adolescente usava roupas de grife, fones de ouvido, mochilas caras e tinha uma postura tranquila. Ele também chegava a usar, em alguns casos, perucas ou acessórios religiosos.

Imagens de câmera de segurança, obtidas pela emissora, mostram que ele se aproveitava de momentos de distração para invadir os locais.

Conforme a Polícia Civil de São Paulo, em várias situações, ele esperava um morador abrir o portão e entrava junto. Em outros casos, ele acenava para a portaria para parecer familiar ou tocava o interfone e se dizia visitante ou parente de moradores.

O delegado Fábio Sanchez Sandrin contou que, quando ele era questionado pelo portaria, inventava histórias e até ameaçava os funcionários. "Ele falava: 'Vou mandar meu pai te mandar embora, você não me conhece? Quanto tempo você trabalha aí?' Muitos funcionários acabam se retraindo e cedem", disse.

Conforme a reportagem, o adolescente demonstrava conhecer os condomínios e levava joias, bolsas, dinheiro vivo e relógios de grife. De acordo com as investigações, na maioria dos casos, ele agia sozinho. Mas há relatos de crimes cometidos com a ajuda de comparsas.

A quadrilha da qual ele fazia parte fica em São Paulo, no entanto, ele também já viajou para outros locais para realizar os furtos. O adolescente cometeu os crimes em condomínios de luxo de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso.

O adolescente foi apreendido em 17 de junho. Segundo a polícia, ele morava sozinho em um apartamento de alto padrão e usava um carro de luxo para os crimes. Aos 14 anos, ele também já tinha sido apreendido após arrombar o cofre de um apartamento. O adolescente chegou a cumprir um ano e nove meses na Fundação Casa, mas voltou a cometer crimes depois de solto, no ano passado.